Um impasse, um sonho de cochilo, uma fina voz ou um ruído. Qualquer coisa pode minimizar isso... Ou não. Às vezes, nem o imediato assusta, nem o novo surpreende. O que resta são lembranças de coisas que não aconteceram, de instantes nunca vividos, mas esquecidos, pois o tempo tratou de cuidar disso. É muito difícil tentar entender a vida, acontecem tantas coisas que são impossíveis de serem previstas, acontece tanta coisa inimaginável, mas que aceitamos sem repulsa, ou sem ao menos entender, as aceitamos por que essa é a ‘lógica’ da vida, isso traz, (mesmo que não saibamos) um sentimento de missão cumprida. Apesar de que ser humano é contradizer, bater o pé e não aceitar, mas isso acaba se revertendo e aderir é muito mais cômodo do que se expor à incerteza de errar.
Não adianta usar exemplos de outrem pra desenhar sua própria vida, não existe limite para as realizações, nenhuma indecisão ou medo são capazes de negativar um pensamento bom. Ainda que sejam sonhos, pois esses são melhores que planos, melhores não, menos impositivos. Sonhos, eles não impedem de flutuar. Eu queria que meus sonhos me trouxessem ao chão, mas eu insisto em sair daqui, as pernas não se fixam. Deveria ter medo de voar, mas parece-me mais seguro aqui em cima, aqui não tem nada que me ameace a desistir. Aqui se respira melhor, se ouve melhor e dá até pra cantar sem vergonha.
Eu sou incapaz de enxergar a realidade, de ter força diante disso que corrói e me deixa incrédula, de aceitar que tudo não é como em meu universo infinito de possibilidades, não, não quero acordar, não quero me render, mas sei que vou, sempre me rendo, sou humana, meio fora do protocolo, mas sou, e isso me assusta demais. A verdade é que nada disso existe, nada do que criei existe, meu mundo não é sólido, minhas ideias, essas loucas não são reais, são inventadas e de repente pode vir um vento mais forte que minha coragem de sustentar tudo. Isso aqui é um sonho, um castelo de areia ou cartas, mas ele é de carne e osso também, corre sangue nas suas linhas imaginárias, aqui tem calor, tem dois milhões de reais em barras de chocolate, que valem mais que açúcar. Aqui é assim, e enquanto o dia de entregar os pontos não chega, eu vou sustentar esses pés longe do chão, esse variado redemoinho que tenta simular a seu (grosso) modo, a sua interna realidade.
Escrevi esse texto por que hoje o blog completa dois anos e eu queria escrever alguma coisa que tivesse tudo a ver com ele, um pouco de sonho, coisas irreais, ilusórias, e sempre muito fantasiosas. Acho que é o jeito que arrumei de aprender a me compreender, ainda não consegui, mas tomara que eu tenha fôlego pra continuar a tentar. Agradeço muito a todo mundo que lê essas insanidades e viaja comigo. Coração Cintilante é muito a minha cara, antes eu tinha vergonha de falar o nome do blog pra pessoas novas na minha vida, tinha medo de que não me aceitassem, por que esse meu jeito assusta até a mim mesma, como falar disso pra todos? Mas não me envergonho mais, porque os sonhos que eu coloco aqui são de verdade, e não tenho por que me envergonhar de meus sonhos. A verdade arde, por que quem acha que eu vivo na lua, está com toda a razão, as estrelas me guiam e eu tenho pressa de seguir esse caminho. Voltem sempre!
Me leva pra esse 'mundo' contigo. Quero flutuar, sonhar e realizar junto. Me deixa ir pra essa sua lua também? =T Linda! Ana bahebak.
ResponderExcluirQue a lua seja grande o bastante para nos suportar encima dela!
ResponderExcluir=)
Lindo Jajai!
Cada trecho, cada palavra retratam bem o que você é.
ResponderExcluirNão é só cintilante. É acolhedor, grande e confortável.
Ainda que não queiramos, vivemos, também, em seus sonhos, pois vc tem o dom de nos virar ao avesso e nos expor àquilo que não conhecemos.
PARABÉNS(Por tudo)!!!
Eu não sei escrever o que eu sinto!
ResponderExcluirLindo!
Te amo!