sexta-feira, 25 de junho de 2010

Gentileza

"O mundo é uma escola, a vida é um circo, amor palavra que liberta, já dizia o profeta..."

 Era só sorrir. Naquele instante nada seria mais valioso ou eficaz. Bastava mostrar um pouco os dentes e fazer uns barulhos esquisitos, diferentes e únicos. Sorriso, risada, não só, muito. E abraçar também, e dizer palavras bonitas, tudo isso cabia no momento ainda. E era um encaixe perfeitamente desenhado. O que dava para acalentar muito barulho ensurdecedor e inútil, e dava para ser sentido e era tão bom.
Uma palavra, pode ter sido pronunciada num tom baixo, quase inaudível, mas pela doçura, ecoou. E mudou muitos conceitos pobres. Muita ideia pequena.
E vê-los cantando aquela canção antiga, sem errar a letra, e sorrindo, e acompanhando corretamente a melodia, esquentava tanto por dentro. Trazia uma paz, desmedida, constante...
E sentir o beijinho melado de chocolate, o abraço conquistado por esse mesmo doce, e as palavras quase aprendidas...
Arrancava qualquer desejo insosso, ver todos caminhando na mesma direção, sem parar e sem reclamar, com um mesmo objetivo e crença. A mudança, para o melhor e novo.
E toda a família celebrando a tradição, e comemorando aquela união sadia, bonita de verdade, era tudo sempre muito emocionante.
Era tão simples, parecia difícil de entender, mas bastava prestar atenção, olhar de perto e ver onde estava toda aquela beleza, todo o sentido do que se queria mostrar... 
Basta ser também assim, para compreender. Basta proporcionar aos outros momentos intensos, felizes, puros. Encantar apenas com a presença, com a harmonia que desperta no olhar sereno. Basta amar sem medida, se doar para a alegria do outro ser completa. E ser feliz, então.



sábado, 19 de junho de 2010

Sentidos bem sentidos.



Sentir um toque, um carinho no rosto, as mãos sobre o travesseiro macio... O beijo da criança; o beijo de amor, do amor; a mão sobre os cabelos, o amor... Sentir a areia nos pés, sentir a brisa, leve, tardia...
O cheiro do perfume da amiga, cheirinho de terra molhada, dos objetos que deixamos em casa... Mas não esquecemos... Cheiro do amor [sempre]. Um perfume que não seja tão doce...
A voz da cantora famosa, Ella Fitzgerald, Lady Gaga, Marisa... [Marisa *-*]. Um assobio da última música ouvida, que fica gravada e não quer sair da memória. Como a ‘melodia-calmante’ do piano. Som da chuva caindo sobre o telhado... É relaxante. E pra reanimar o coração, som da mensagem chegando... [aquece].
Um gosto tão doce, rapadura, chocolate. Gosto forte, gengibre, hortelã... Café e pão de queijo; Vinho, fim de tarde. O que acrescente a doçura do dia. O que seja prazeroso, e faça esquecer-se do mundo.
Ver as pinturas de Portinari, da Vinci, Chagall... O mar, que inspira, acalma, traz alegria, leva a solidão... Se arrepiar quando o carro pára ali, bem onde você quer descer, bem no lugar de onde veio e está voltando. Ver o céu, cor de rosa, ao pôr do sol. O sol nascendo e despontando cada raio num espetáculo único.'Algo que me guste ver el cielo despejado cuando se ve todo azul y poca nube...'


Onde se encontra toda a riqueza. Onde está TODO o prazer de viver. Nas coisas simples. Na doçura das pequenas-grandes coisas. Nos mais belos e sinceros corações.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Acordar

Sonhei que não era um sonho, e isso se desfazia sem precisar de muito esforço. E saía de mim sem que eu precisasse me desapegar de certas coisas. E não me destruía, mas me fortificava.
Que não era necessário gritar, pedir socorro. Que eu conseguiria esvair-me de mim, de meus pensamentos angustiantes e tolos. Foi sonho. Mas ao despertar parecia que não era. E fiquei confusa. E quis torná-lo, então, realidade. Precisava provar pra mim que certos sonhos são avisos. E eu precisava [muito] acreditar nesse. 

domingo, 13 de junho de 2010

Reencontro

"Depois da seca vem a chuva. A terra fica verde de novo. Depois da separação vem o encontro, a gente fica feliz de novo. Foi Deus quem fez a vida assim!"                                                                                                                 -Vinícius de Moraes




Vai, mas volta pra gente combinar as cores da roupa do próximo inverno. 
Volta pra  juntos arrumar os nossos quartos, e deixá-los 'dormíveis'.
Para sorrir de tudo o que ainda não sorrimos.
Para inventar novas maneiras de se encontrar, dentro de nós.
Volta, pra me dizer que você existe mesmo, que me abraça e eu sinto.
Pra me encantar, com palavras, as mais esquecidas, as maiores.
Pra me incentivar a não chorar quando também eu for, e quiser voltar.
Volta,  para dormir acordados enquanto assistimos à antigos filmes.
Se esquecer da hora de voltar pra casa. Ficar em casa e nunca mais sair.
Volta pra mim. Vamos antecipar essa volta, vamos eternizá-la. 
E devolver aqui pra dentro tudo o que sempre foi daqui.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Solução

A verdade era que ela precisava acordar-se para dentro. Precisava sonhar mais.
E era o momento.
Começou a alternar: Momentos felizes - extremamente felizes e compartilhados! Momentos tristes - extremamente fugazes e compartilhados. Não se sabe de onde veio essa solução, mas veio! Era como a cor e a 'não-cor'; o sono e o despertar! Um equilíbrio que encheu o seu coração de coragem. Havia sonho, emoção, riqueza... Ela queria aproximar-se ao máximo do começo, pra que tudo de bom que fosse viver, se distanciasse do fim!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

18 anos? Quem disse?

Estava olhando aqui, acho que as pessoas estão escondendo de mim... Eu não tenho dezoito anos não, galera!
Ir embora daqui, fazer faculdade... Morar sozinha? Não, não... Acho que estão todos enganados. Eu estava ali fora agora, brincando de boneca. E ainda ontem, caí de bicicleta e machuquei  o joelho, mas estou bem melhor agora!
Ah... Eu nem sei tirar dinheiro no banco. Eu ainda não aprendi a fazer comida... mainha me deixa arriscar de vez em quando, até que faço um bom arroz... quando não erro a medida do sal.
Meus amigos são dois metros e meio maiores do que eu... E só eu que posso comprar à prazo, só eu que não posso brigar na rua, (droga! rs).
Nesses dias, minha tia me pediu pra ir à cidade vizinha, eu disse: "Sozinha? Vou não!"... Ela ficou me olhando com uma cara... o que será que ela achou??
O que eu faço agora? Isso é preocupante! As pessoas estão achando que eu posso fazer esse tipo de coisa! Tem que aparecer alguém pra desmentir!! SOCORRO!
Esse negócio de dezoito anos é pra gente grande! Eu ainda sou muito nova pra isso! =D

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Quem é que decide? O destino.

Abelardo queria ser ator, bailarino ou artesão... Mas tia Edilamar e tio Jeremias queriam um médico na família. E ele estudava no melhor colégio e se concentrava nas aulas de arte e dava seu melhor... Em biologia, era bom, mas não cem por cento como exigiam seus pais.
E ele escrevia peças teatrais que eram escolhidas por unanimidade, e representava, e ajudava no cenário... Mas disso, seus pais não sabiam. E quando souberam, deram um jeito de tirá-lo do grupo de teatro, e afasta-lo de tudo que envolvia ARTE. E disseram: - "Meu filho, não perca tempo com bobagens". Com sorrisos irônicos.
... E Abelardo enfrentou! Contra a vontade de todos, fez curso de dança, teatro, esculturas.... Se aperfeiçoou em balet clássico. Hoje dá aulas, ganha seu dinheiro, é feliz! Se casou com a bela e jovem atriz, Clarisse e os dois têm uma filha: Leila. Já está no fim do colegial e vai prestar vestibular para medicina, por que ama biologia e é cem por cento nessa matéria!
Tia Edilamar vibra e canta de alegria, com tio Jeremias que não perdeu a fé... E descobriram que o que tiver que ser, será! =D

Selo


Ganhei de Doth do Diário de uma Crisálida, essa linda!!

Repasso para:  Doce Histeria   de Clara
                                     Folha de Pimenta  de Lara


São muitos (muitos mesmo!) os blogs fofos de minha vida, hehe, mas esses são extremamente inspiradores.