sábado, 22 de janeiro de 2011

É fácil...

"São as pequenas coisas que valem mais, é tão bom estarmos juntos... Tão simples: um dia perfeito (...)" 
Legião Urbana - Um dia perfeito

É que ficar com a mãe da gente no quintal vendo aquela imensidão de lua é muito bom. Ainda que o vento compactue com a terra fina e nos dê 'banhos agradáveis'. Por que desses momentos é que se nota o prazer de viver. A lua tinha um arco colorido, ela disse que era laranja e azul, ela é linda. Ficar olhando pra cima, e bolando um plano pra me pendurar naquelas estrelas e brincar de balanço. Esquecer a ruindade do mundo, a raiva, a mentira... Me apegar ao sonho, que pra mim e em mim, mais que qualquer coisa, é real. É a única coisa que ninguém pode me tirar. Todas essas vontades absurdas, essas birras adolescentes que (atrasadas) afloram, são de mim, e é assim que aproveito meus dias...
Por que o que realmente importa não está longe, o que vale à pena de verdade não custa caro, tem gente perto da gente mostrando o valor que não conseguimos enxergar em nós, tem gente que ama e quer cuidar. Ficar com as pessoas que nos fazem maiores nos tira da futilidade que o 'lá fora' cobra sem parar, nos traz pra baixo, pra pisar no chão e esquecer o quão tolos e individualistas somos. O amor de amigo de verdade não dá a ninguém o direito de ser comparado, a companhia, o luau que fizemos hoje a noite na praça, as lembranças de outras férias agradáveis como essa, na presença de pessoas que não estavam hoje, dá um sabor aprazível, (sem querer usar palavras difíceis, mas já usando só pra intensificar...) uma alegria desmedida e é muito complicado explicar. Os momentos juntos são passageiros (coração apertou), e não existem sãos motivos pra desperdiçá-los com intrigas, grossas palavras... Um abraço forte é tão bom. E é por isso que eu repito: Por vocês, eu sou capaz de tudo, se a felicidade ao lado dessa gente é completa, por que me privar de ser feliz? :)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Acaso, destino...



Na última carta/bilhete estava escrito: "Vem me ver?"...
-Ah! Não gosto de correr atrás... quem ela pensa que é? Onde é mesmo a rua? Argh... Rua Clauss, 147...


-Te esperei o dia todo!
-Eu não vinha, estava passando...
-Pensei que não viria!
-Sério, estava a pouco tempo daqui...
-Eu te amo! A cada minuto cresce, a cada segundo fica mais forte, preciso de você perto de mim o tempo todo!
-Eu vinha sim! Por que eu te amo! É de você que eu gosto! Preciso da sua voz, do seu amor!


E o momento se embalou em um beijo demorado, um abraço caloroso, a respiração acelerou, os batimentos aumentaram... Olhos brilhando, enfim...
Poderia ser fácil e simples assim! :]

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ventilador

Além desse vento artificial, nada me envolve. Nada consome essas palavras que sussurro, mas voam. Como se quisessem me levar consigo, mas não levam. Achei que tinha uma cabeça aqui, mas não... tem um órgão que pulsa e cresceu, sou toda ele, e já não penso mais, já não escolho mais. Quando ele dói, se protege expelindo um ácido corrosivo, mas não tão prejudicial. Quando sorri, é diferente, é melhor, dá pra sentir a melhora por que é de todo bom, preenche completamente e não se esconde atrás de palavras nem de cara feia. Apenas reluz. 
A noite causa arrepios, mas é só nela que consigo parar em mim e de mim. Parar de ser quem me exijo ser pra não desagradar, pra me incluir. A noite me revela muito do que não consigo ver durante o dia. No cansaço e na fadiga as pessoas se revelam. No meu cansaço que me encontro, enfim. Cansaço de alma, de ser esse imenso pedaço de alguma coisa que acende e apaga, acende e apaga, mas ainda assim, não se encontra.
Para fazer jus à linha de tempo dessa casa, uso mais palavras desordenadas, as entrelinhas não importam, não é?