sábado, 31 de outubro de 2009

E luz

Está claro e com um brilho nunca antes visto. A realidade é tão dolorida aos que nunca a experimentaram. É forte, fugaz e terna. Mas é real e é o que importa, de fato.
Mas isso não vem ao caso. Estar e encantar-se com isso é que é a beleza. E quanto mais aproveitada é mais constante. Por isso que as horas demoram de passar quando os corações estão aquecidos. E a brisa não tarda. É simples, bem simples com o passar do vento. Mas deixa sua marca, seu arrepio. E faz lembrar do que passou e vive de novo.
É boa, é bom. Ser real. Ser vivo. Há quem diga o contrário, cego, porém, não abraça o seu maior presente. E é isso o que dificulta a extensão da corrente. Dessa que deveria ser infinita, mas se quebra. E se revigora. Em corações assim, como o seu!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

o que me move.



Sem amigos, cara, eu nada seria.
Eu não consigo escrever nada que exemplifique o que eu sinto.
Não consigo expressar claramente o que representam.
Só sei que quando falo, não é dissimulação nem farsa. É o que eu quero pra minha vida toda. É o que eu nunca vou deixar de sentir. É o que me faz acordar e ter forças pra levantar. É a alegria que vem de Deus se manifestando a todo momento. Eu amo vocês! 

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

palavras







Úteis. Decisivas. Mortais. Eternas.
Mas cuidado.



'castigo, será que é obrigatório estudar pra ter?
 vocabulário é obrigatório.'
.o rappa.



segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Uma nova canção

Parece que dói
E eu já nem sinto tanto
Já me acostumei
Estranho é se sentir só
E não se apavorar
Mas é só mais um bordão
E eu já me acostumei
Sangue e rosas
Vermelhos se desabrocham
E sorriem serenos no luar
Vem minha estrela mais brilhante
Arrancar isso que dói
Mas cuidado pra não tirar demais
A vontade não é só minha
Ao contrário do que pensei
E chove lá fora
E leva tudo embora
Quando é que vai chover
Aqui dentro também?
E agora, preciso respirar
o ar que sobrou da tempestade
O ar que me veio ou não, quem sabe
Mas é o ar que eu quero
Do novo, inconstante
Que volte pra mim
Que venha de um jeito
Solto sem perceber.
O que eu realmente desejo?
É comprar um carro
Uma sandália nova
E ainda hoje
Eu vou passar no vestibular
Corre. Mas não me molha agora
Vem pra gente brincar
Com balões cheios de água
Ou pintar o rosto com essas cores brilhantes
Gritar essas vozes agudas e claras
Vem! Vamos gritar lá em cima
É uma sensação bem diferente
E corre! Pode me molhar agora
Eu já entendi que está passando
E o agora não volta
A menos que a gente faça TUDO DE NOVO!
Meu coração cintilante reluz
Toda vez que o bebê abraça forte
Toda vez que minha pequena floresce
E sempre quando  ao abrir os olhos Ele me diz:
Levanta, flor! Vai ser feliz!





E eu vou!

domingo, 18 de outubro de 2009

Vai acontecer

Quero dizer pra você mil coisas em frases abertas
Despoluir meu coração de orações subordinadas
Desintegrar das veias os pronomes abstratos
Quero desinstalar o artigo indefinido
Ter apenas esse verbo de ligação que prende, dá sentido!
Subtantivo surreal
A peça principal
De mil adjetivos e predicativos vários
Uso no infinitivo, presente e futuro
Me apóio em figuras metafóricas pra continuar
Me sustento em adjuntos indefesos que me ligam novamente
Quanta interjeição!!
Se quero apenas desabafar! Mostrar a intensidade da transformação que ele pode causar
Das redundâncias a que está submetido
Tantas voltas para definir esse verbo intransitivo.
a.m.a.r!
Procuro um sujeito simples
Perfeito ou imperfeito assim
Um sujeito composto enfim
Um anjo, um amor pra mim!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

'coração de verdade'






O que eu gostaria de dizer na verdade e nem sei explicar o quanto o tanto. Por quanto tempo vou achar que está errado, por quantas horas vou sentir desconforto ao pensar em algo tão comum. Até quando dizer que nada do que acabei de pensar eu vou levar a sério depois, sempre esperando a opinião de alguém pra me dizer o que sentirr! Discordo com meu jeito de agir, com meus pensamentos infantis e toscos, mas a brisa que toca meu rosto vem pra me indicar a direção!

sábado, 3 de outubro de 2009

- acordei sonhando





Acho que aprendi a ter certeza
Os meus passos não doem mais
As cores não se desgastam com o vento
As batidas já não me apavoram



Estupidez pensar nas coisas frias
Sentir arrepio por causa dos ruídos
Eu já disse que as flores não murcharam
Eu já peguei a tinta e o pincel



São os dias mais bonitos e diversos
Encontrados detrás da minha porta
Na beirada da calçada
Na usina, no hotel



É difícil acreditar que há tristeza
Quando o meu mundinho verde está assim
Quando escuto ‘Eu te amo’ de manhã
Quando vejo as sandálias na varanda



Quando o pequeno sorriso me acorda
Com sonzinhos doces e tão inocentes
As pequenas mãos puxando meus cabelos
Uma criança, um olhar pra mim.



É difícil se esconder de quem é Grande
E nem precisa ser tão rude assim
Quem cuida, tem mesmo que ser Grande
Pra mostrar a diferença e ensinar



É por isso que eu canto
Mesmo quando nem quero
Minha voz nem é tão boa
Mas a porta está aberta



Vou correr pra avisar
Que pequenas coisas me divertem
Que pequenos surtos me contagiam
E eu ainda quero gritar

Não me socorra

Quero pular daqui do alto
E voar nesses segundos infinitos
Eu volto pra contar como foi.
















Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...



Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...



Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria

Um livro aberto...


Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...



Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...



E nada mais vai me ferir
                                                                                                                         É que eu já me acostumei.

ausência

As palavras que foram evitadas.
Silêncio indesejado pela alma. Porém vívido no coração.
Gestos que deveriam ser explícitos.
Coração que deveria ser aberto. Carregado de altivez.
Mas que se encolhe, dorme. E depois chora.
Por ter se calado, por não entender. Por não questionar.
Coração que desperta todos os dias, pensando em uma maneira de dizer.
Pensando como seria se nada tivese acontecido.
Se a coragem e as palavras tivessem fugido.
Se o vento estivesse mais brando.
Se a voz, de fato, não faltasse.
Se nada fosse combinado. Se as pessoas desistissem.
Se nada fosse explicado.
Se nada fosse revelado. 
Poderia ter sido um sonho. Não seria concreto, sei. 
Mas não me traria lembranças. Muito menos esperança.