sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Palavras de Lya

Não falarei da virada de ano convencional, do tempo de festas em que a gente se finge de santo...
Não falarei das comemorações dos escravos do consumismo, que nesta época se endividam...
Não falarei do começo de ano amargo dos que dizem que essas datas não existem: espalham o negativismo de suas decepções com a raça humana.
Talvez eu fale de um começo de ano mais simples, talvez eu fale de confraternização, abraço amigo sincero.
Acolhimento da família – amada apesar de diferenças, sabendo que a gente é aceito mesmo quando não é entendido: é respeitado e querido.
Falo de uma tentativa real de recomeçar até onde é possível: com um olhar um pouco diferente para pessoas a quem a gente admira.
Gente que nos interessa pelo simples carinho, independentemente de status, grana, importância e possível utilidade.
Falo de uma entrada em um novo ano abrindo as portas e janelas da casa e da alma.
Que a gente possa ser mais irmão, mais amigo, mais filho e mais pai ou mãe, mais humano, mais simples, mais desejoso de ser e fazer feliz.
Inventando novos modos de querer bem, sobretudo a si mesmo, pois sem isso não tem jeito de gostar dos outros de verdade.


Como não consegui postar nada de 'comemorativo' hoje, peguei os posts de Lya Luft do twitter que são lindos e nada clichês. E são esses os meus desejos também, que o novo ano seja NOVO mesmo, em tudo, em todos. Que os corações cintilem, que as vozes sejam mais ouvidas e que as palavras ditas sejam suaves e que acrescentem algo de bom nessa vida!! Vamos começar outra vez! 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Implícito

Como é que se sua frio? Como é que se sonha acordado? Uns burburinhos surgem repentinos dentro, os ouvidos receiam não mais escutar com o zumbido oco que aterroriza. Subir pelas paredes, se jogar delas, nelas... Correr, e parar sempre no mesmo lugar. Ainda suando, pegar papel e caneta e esboçar lembranças, palavras semi-ditas, conselhos sussurrados, mas não passa... O sangue corre a uma velocidade absurda, os sentidos aflorados, levemente aguçados, porém atentos, enlevados, a postos.

Com quem? Só. Sozinho? Sim. Como? Assim.

A respiração se acelera também, o ritmo aumenta, o descompasso junto, o caos perdura e recupera um pouco de endorfina daquelas lembranças lembradas há pouco, porém não dura e volta a incomodar. A cama, bagunçada e cheia de papéis esquecidos, não suporta mais tantos giros, o céu, timidamente, resolve chamar as nuvens para lhe fazer companhia... As estrelas somem, a voz trêmula, quase muda, rosna um pedido de socorro, procura forças dentro, recorre ao som, às letras de música, chora...

Com quem? Só. Sozinho? Sim. Como? Assim.

É o processo estranho e metamórfico que a solidão causa, é uma euforia que pode ser usada como construção se bem aproveitada, ou desmoronamento se a força for pouca, e essa força vem da reflexão, da oração, da fé. Que se for muita, supera, digere, engrandece, cresce. A solidão comove, emociona, desidrata... Constrói, prepara, é regra expansiva de aprendizado.



Tema sugerido por Lucas, que, em contrapartida, postou a partir de uma sugestão minha : Pilula Doce

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Confiança

Rasgando o papel que selava aquele encontro, ela dizia: "- Não me torture assim... Me deixe extasiada em meu mundo, por que aqui eu sofro menos. Nem todas as minhas ações são entendidas, nem todas as minhas explicações são aceitáveis, mas, mesmo que involuntariamente, você me deixa sofrer quando na verdade o plano era correr junto, ainda que o vento fosse muito forte. Cair junto, mesmo que a queda machucasse demais... E não foi isso o que aconteceu. Agora me deixe. O meu amor por você não acabará, tampouco diminuirá, mas pensarei sete vezes mais antes de lhe entregar meu coração."
O choro contido fazia sua face tensa e rubra, as palavras lhe saíram quase que cuspidas, os olhos não transpiravam raiva, mas desencanto, e era tudo o que ela temia sentir.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Essa não sou eu - Parte 1

A verdade é que ela não era, mas seria, ou já tinha sido. As suas mudanças de comportamento, os seus momentos depressivos e intensamente auto-destrutivos, as suas insanidades em busca de êxtase, nada era planejado, mas tudo tinha um propósito. Ela queria começar do fim, pra o início ter um fundamento, mesmo que não tivesse enfim. Queria arriscar sem compromisso, sabendo dos imprevistos, queria encontrar-se em seus sonhos. Talvez parasse de fumar, talvez fumasse pra sempre. Talvez se embriagasse toda noite, ou tomasse repulsa por álcool e promoveria campanhas de reconstituição moral, se o que ela queria era 'causar'.
A maquiagem continuaria acompanhando seu estado emocional, os seus vestidos continuariam elegantes e seu hipopótamo cor-de-rosa permaneceria enfeitando sua cama e seus dias. O que acontece é que estava cansada de ficar parada, de não girar acompanhado tudo, nem precisava ser no mesmo ritmo e é claro que não era isso que ela queria, não queria sincronia, pois o momento não dispunha disso. Agora era o momento de se descobrir e encontrar na explosão, cada nota musical pra compôr a melodia perfeita. Um cheiro mímino que desenvolvesse uma colônia inimitável, precisava de sobressaltos dentro, para dar toque final ao desenho.
Ajeitou a tiara, retocou o blush, e saiu, sem raiva, sem rancor, sem malícia. O dia lhe mostraria o que fazer, já que a noite lhe causava arrepios. Precisava de encontro, de conversas, de diversidade. Ficar presa não resolveria a ânsia por querer mudança (se era isso que ela queria), foi pisando em folhas secas, jogando pedras no lago, observando seu reflexo na água e querendo acreditar que era essa a menina que se econdia atrás de tudo, atrás do seu casulo hora protetor, hora inibidor... Querendo acreditar nela, nas suas expectativas e no seu sorriso que apareceu sem esforço.


Essa não sou eu não é um texto auto-explicativo, apesar de ter muito de mim nele, muito dos meus gostos, das minhas ações inusitadas, dos devaneios... Mas eu não tenho vontade de fumar, ou me embriagar até esquecer meu nome, existem metáforas que são absorvidas mais rápido se forem óbvias. Ah... Hoje é domingo e confesso que não é um dos meus dias favoritos pra postar, a inspiração não flui 'de boa'.
 Então, até um outro post, em que talvez algo seja bonitinho, ou ao menos 'entendível'. :)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Essa não sou eu - Parte 2

Se arrumou e com uma maquiagem leve recompôs o rosto. Era um dia lindo, um domingo de outono, tempo perfeito pra ela que gostava de andar pelas ruas pisando em folhas secas para ouvir o barulho que elas faziam, estava sorrindo, com seu vestido cheio de flores, adorno simples na barra e um laço ajustado na cintura. Lembrou do celular, perdido na bolsa há tantos dias, se sentou num banco de uma praça pouco movimentada e foi conferir as dezenas de mensagens, chamadas perdidas, das pessoas procurando por ela, preocupadas com seu estado, outras cobrando atenção, outras ainda reclamando da sua falta de compromisso.
Após ler tudo, escolheu a opção 'apagar todas' e continuou a sua caminhada, passou em frente a uma loja infantil e comprou um hipopótamo de pelúcia cor-de-rosa, com uma fita vermelha no pescoço.
Mais à frente, numa sorveteria, se 'banhou' de sorvete de chocolate com paçoca, era uma mania estranha mas que a fazia livre em seus limites. Corria, pulava e com os braços abertos girava no sorteio de que direção seguir. Apontou pra um mirante, se equilibrou de tantos giros e correu para lá... e adotou aquele lugar como seu refúgio de ressaca. Como sua casa da árvore.
No caminho de volta para casa, cansada de tanta loucura, viu que estava feliz por encontrar a sua fuga em coisas tão simples e absurdas. Acendeu um cigarro e no reflexo de uma vitrina se viu, fez poses, sorriu, e sussurrou de si para si:  "-Essa não sou eu... mas poderia ser..."



to be continued. :]

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Essa não sou eu - Parte 3

Já embriagada, se deitou no sofá que tomava toda a sua sala. A mão estirada no cinzeiro depositando réstias do cigarro. Passara o dia inteiro remoendo pensamentos que literalmente te derrubavam, amores passados, sonhos que não se realizavam, dilacerava seu coração. Não teve condições de ir trabalhar hoje, não se continha de pé, após  dois dias e duas noites soterrada em seu próprio desmoronamento. Sempre estava elegante, mas havia uma dor, um cansaço, indisposição que tomava conta de suas forças... Extasiada, adormeceu.
Às 10:37 o telefone toca, acordando, se espreguiçou desleixada, pegando o telefone indelicadamente e colocando no gancho outra vez, arrancou os fios da tomada e se arrastou até o banheiro, abriu o chuveiro e saiam de seus olhos tinta preta e condensada. Era uma moça bonita, jovem e desiludida. Saiu do banho, secou os cabelos e se enrolou num roupão azul, tinha fome e não se lembrava de ter feito compras, a geladeira provavelmente estava vazia assim como sua mente. Não pensava, não estava lúcida o suficiente pra pensar. Nem se lembrava de como ou quando tinha chegado em casa, mas isso era o que menos importava sendo que ela estava em casa, mas seu coração se perdeu, em uma dessas ruas movimentadas, algum beco imundo, sem iluminação, num país, num planeta qualquer... Olhando no espelho sentia raiva e compaixão do que via, chorava, gritava tentando se lembrar de quando ela era ela... mas não conseguiu.






to be continued. (haha, meu sonho escrever isso!)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

As coisas são como elas são.

Me disseram pra não ir, pra tentar algo antes que me servisse de experiência... Mas eu fui e nada melhor do que viver e experimentar... Disseram que eu era pequena , que eu poderia me machucar, mas eu quis correr mesmo assim, corri tão rápido que caí, mas nada tão grave que eu levantei e continuei correndo. Disseram que eu não daria conta, que iria fracassar depressa... Ainda não conheço de perto o significado da palavra fracasso. Dizem que a gente é aquilo que sonha. Eu não sou uma mulher invisível, nem uma power ranger, mas acho que passarei por despercebida quando não quiser holofotes. E serei forte quando tiver que suportar grandes dificuldades... Eu só não quero que criem expectativas para não se decepcionarem, e que não me subestimem para que eu não me decepcione. Eu sei que as coisas vão acontecer, tenho muitos motivos pra desistir de esperar, mas tenho milhares de outros maiores e mais resistentes para permanecer acreditando. O desânimo sempre prova que é momentâneo, se enfraquece diante do primeiro grito de guerra, na primeira tentativa de recomeço ele murcha. É isso que acontece agora: Recomeço. Fazer melhor o que eu já fiz, fazer coisas novas, mudar!
Eu não sei o que me espera, nem imagino o que me aguarda daqui pra frente, nem adianta eu desenhar ou planejar por que nunca dá certo. Tudo vai ser como tem que ser, não por coincidência, não por acaso, mas por destino mesmo.
Percebi que faço drama demais, sem intenção... é de mim isso, clamar e pedir socorro... Eu preciso segurar mais a barra, não quero dó. Não quero mais me lamentar. E eu fico me perguntando por que têm pena de mim, por que não me levam a sério, por que se irritam tão rápido comigo... É por que minha voz é inaudível, meus passos não deixam marcas, minha respiração é lenta, mas "o pulso ainda pulsa" e num ritmo cada vez mais veloz e sedento por tudo o que não tem. Tem algo aqui que reluz quando tudo é escuridão, ressurge. É ele quem me sustenta e que vai falar por mim. Então vai e cintila, coração!




Eu tento não controlar meus pensamentos, meus desejos, mas eu fico nessa mania boba de continuar e o que sempre acontece é que eu fico triste depois, por vários motivos. Ninguém me merece, né? Riam, o que era pra falar eu já falei, é isso. =)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ressaca... Argh!

É mais fácil ficar nessa cápsula do que tentar voar,
mas o fácil não me fascina... eu quebro a cápsula.

Agora o ar está me sufocando, mas alguns passos e isso muda...
Pronto, pronta pra gritar... os passos me são lentos ainda.

Sempre quero mais, mas não corro...
Sempre busco tais e reais desacordos, comigo e com o desafio.

E assim não fica fácil, assim está melhor.
Pode desandar de repente, mas agora está equilibrado.

Até eu voltar pra mim, vou respirar alerta.
Até eu saber de mim, ignoro quem quer saber mais de mim do que eu mesma.

Eu tenho escolha. Tenho o sonho, a razão e o medo.
Fico com o sonho, todos já sabem disso.

Só ele que me tranquiliza aqui.
E, enfim. Eu sonho.




Eu queria escrever umas palavras, mas elas vieram sem nenhuma ligação, mas mesmo assim eu queria escrever. rs. Então escrevi, acho que não dá pra entender. Quem quiser um momento de insanidade pode tentar, acho que estou ansiosa. Faltam 16 dias pra eu ir pra minha casa, abraçar minha mãe, comer o doce de leite que ela vai fazer pra mim, deitar no colo do meu pai (acho que ele me aguenta ainda), e ficar na minha cidade, sendo feliz sem ninguém pra me dizer o que fazer, sem gente colocando meus planos pra baixo, sem pessoas que não querem  meu sucesso. Lá eu vivo e respiro.  Lá é bom. :)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

E-mail das pedras

Escrever, dobrar, colocar no envelope, endereçar e enviar...
Carta pode ser um hábito antigo, ultrapassado e demodê pra quem quiser que seja. Mas pra mim não. Talvez é por que eu seja tudo isso também. Eu prefiro aquela teoria de que mãos distantes podem se tocar. Sentir um arrepio ao ler sinceras palavras de amor, mas um amor de tradição, aquele do qual se tem certeza que nunca vai acabar ou enfraquecer. Aquele que espera o tempo que for pra se reencontrar e dizer essas palavras, consumá-las.
Gosto de escrever, e me divirto com cada passo, imagino a reação de quem vai ler, leio e releio várias vezes antes de vedar o envelope, com cuidado pra não entrar nele e me enviar também, isso já seria tecnologia e não convém misturar coisas tão heterogêneas.
Acho que é isso, eu gosto de receber cartas, gosto de chorar de emoção, felicidade e de tristeza (eu sempre tomo dores alheias). Gosto de dar gargalhadas e imaginar a pessoa me contando piadas. Eu sou piegas, pré-histórica e feliz. Muito feliz.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eu

Eu posso ser assim
Um pouco de cada
Doce ou exagerada
Tudo cai bem em mim

Me enlouqueço de amor
Faço canções, danço e costuro
Retalhos coloridos para vestir o futuro
Assim driblo os sonhos ruins, a dor

Quando serena, sorrio suave
Quando zangada, grito agudo
Faço festa no silêncio absurdo
Cabe muita gente na minha nave

Faço graça, faço planos
Voo sem sair do chão
Discordo do vazio, do fraco, do não
Tenho ideias loucas, desejos insanos

Não me irrito fácil
Não me deixo embrutecer
Faço o momento bom permanecer
Sou intensa, não sou frágil

Admito que às vezes me esqueço
Me perco em sonhos e fantasias
Me debruço nelas, pode parecer covardia
Mas são apenas táticas de recomeço

Tudo o que digo sobre mim
É o que desconheço
Ou o que finjo que mereço
Pra não desanimar no fim



É um trabalho de faculdade que eu não deveria estar expondo agora, porque ainda não está pronto, mas eu não aguentei!!! rs... 
É uma homenagem. Afinal, preciso de inspiração mesmo quando sou obrigada a fazer algo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Susto

Acordou confusa, com  uns pensamentos desordenados... Estava crescendo? Não! É claro que não... só se desenrolando, a promessa de nunca crescer ainda estava viva. Ser assim é melhor apesar de alguns acharem que criança é inocente para sempre. Ela estava aprendendo a passar por despercebida, a dormir olhando pras estrelas, contando quantas estrelas cadentes passavam... (sem esquecer dos pedidos, um pra cada estrela!) Acordar com o sol na cara, espantada, mas sorrindo. Aprendendo ainda que o vento que a manhã traz leva a agonia do coração.
Ela sabe que não é fácil, mas prefere acreditar que é. Prefere pensar que quando a história não tem fim, é por que foi escrita por um redator cansado que não teve tempo de colorir os quadrinhos, e parou por ali, mas o que ele já tinha escrito permaneceria lá, pra sempre! Mas ele começaria a escrever outras tão lindas e mágicas quanto.
E os dias passavam, estava se habituando... se fortificando. Estava feliz!



Clara de Doce Histeria me deu esse selo, lindo! Repasso para W.Luz, J. Pedro, Duílio Castro, Cris Guimarães e Daii Guimarães. É pra responder às perguntas:
1- O que te inspira? Ler os blogs alheios, olhar as estrelas, depois de chorar costumo estar inspiradíssima, sempre depois de um dia feliz tenho alguma ideia. (I'm bipolar, rs.)

2- Sobre o blog da pessoa que te indicou: Ah... Sempre que ela posta eu leio, em seguida consigo postar algumas coisas interessantes (rs). Adoro tanto as palavras dela nos seus textos, quanto quando ela comenta no meu blog! Gosto demais! Obrigada F.Clara! Seu blog me inspira!!! 

domingo, 29 de agosto de 2010

É saudade então e mais uma vez...


Coragem, meu bem, coragem...
Assim como você viu, o tempo não tarda a passar. E poderá viver tudo novamente.
Novas coisas virão, novos segredos e palavras.
Sossegue. E tente não pensar muito no depois. Pensa agora, pra agora.
Todos que se foram, também sentem sua falta. Todos esperam por você, e te querem ver crescer.
Então, sonhe. Alto, lá de cima. Não desande. Cresça.
E quando você menos esperar, já é dia! E vai sorrir mais e cantar!
Fique bem, menina. Tente aquecer o coração calejado, pense em uma maneira de amar de leve... pelo menos no início, pra não doer demais se tiver que acabar de repente.
E se não conseguir esquecer, feche os olhos e pare de desenhar o que gostaria que acontecesse, apenas sonhe, só não desenhe, por que senão não acontece.
Aproveite os dias em que as estrelas sorriem e quando as nuvens as cobrirem saiba apreciar o tom acinzentado que contrasta com aquele branco que se esvai com facilidade.
Aprenda com cada passo que der. Desfrute de oportunidades que são únicas. E viva, menina. 

E vivo! 

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Uma nova vida.

Sou Jaíce, venho de Pindaí, uma cidade pouco conhecida, mas que é o meu lugar preferido e como digo sempre, não troco por nenhum outro lugar. Fica no interior da Bahia e é pequena e pouco desenvolvida.
Sou católica praticante, acredito que a fé em Deus é o que pode me sustentar, em qualquer situação. Acredito que existe céu e inferno. Onde estamos, criamos nossas escolhas, fugimos de tentações, arriscamos... basta a cada um decifrar onde quer estar, o que quer criar para si.
Cursei o ensino médio em um Colégio Modelo de uma cidade vizinha à minha. Essa escola, apesar de ser renomada, enfraqueceu sua força com o passar do tempo. Tendo a saída de vários bons professores, ficou escassa a educação tão elogiada, como foi um dia. Porém, tive educadores maravilhosos, entusiasmados e que se tornaram amigos de verdade, isso me ajudou a ter uma opinião formada, a não desistir do que eu queria.
Decidi fazer Comunicação Social por conta da minha paixão por fotografia, audiovisual e tudo o que é usado como voz, como meio de produzir alguma ação ou, pelo menos, um "questionar". Quero usar as armas que forem cabidas a mim e anunciar.
Confesso ainda que sou sonhadora, tenho planos que tenho medo de não conseguir realizar. Mas ainda assim, insisto nesses sonhos. Quero ser uma profissional competente e segura do que faço. Quero melhorar a realidade tortuosa, torná-la um pouco 'encantada'.
Por enquanto uso um binóculo, mas ainda vou ter um telescópio e construir ainda mais sonhos nas estrelas que não param de sorrir para mim.



O professor que pediu pra eu fazer... não gosto de falar de mim sem usar as minhas metáforas (rs), mas ele pediu, né? hehe... Agora estou estudando e não tenho internet =(... mas assim que tiver volto com as minhas visitas aos blogs de vocês. 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Precisa de lembrete?

Não sei se é com todo mundo assim, mas eu gosto de anotar as datas de aniversários dos meus amigos, e não usar o orkut como uma saída. Se desejamos coisas boas, em um dia especial, se são amigos, de fato, esses desejos devem ser diários.
Esse post é uma homenagem a um amigo sem orkut que faz aniversário hoje, e eu me esqueci de seu aniversário. Se ele tivesse orkut, eu lembraria, mas talvez fosse uma coisa mecânica eu escrever um recado, desejando felicidades sem fim, sendo que todos os dias eu faço isso. Sendo que todos os dias eu o incluo em minhas orações, intercedendo a Deus bênçãos em sua vida.
Então, é isso.  Procuremos ser mais intensos. Lembrar todos os dias de ser AMIGO. De falar palavras bonitas, de dizer o quanto nos sentimos bem em ter pessoas tão importantes em nossa vida. De quanto elas nos fazem falta. Desejar sempre o melhor pra elas. Se alegrar com suas alegrias. Ser feliz por que quem você ama é!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Coleciono botões, fantasias, meninices...

Não posso separar as minhas fantasias do que é real, pois é nesse equilíbrio que me amparo. São nos pequenos prazeres que me sacio...
Queria transformar esses sonhos (que me parecem tão distantes, tão impossíveis...) em algo que além de mudar minha vida, acrescentasse um pouco de mim nos outros, em forma de lembranças, sentimentos (os bons!)...
Queria realizar desejos, aqueles que são feitos quando se observa uma estrela cadente, ou quando cai um dente.
Vingar-me de injustiças com peraltices, dar sustos e coisas assim, só pra mostrar como é ruim não ajudar outras pessoas a sorrir.
Queria colecionar botões, tampinhas de garrafa ou bolas de gude, pra fazer uma exposição à tarde, com chá e cookies (feitos na hora) para os visitantes.
Queria amar... Pura, intensamente, como não sei se um dia amei... Amor de novela, com todas as trilhas sonoras. Escrever poemas e declarações. Olhar as nuvens e imaginar corações desenhados nelas...
Ah, queria um telescópio também, pra eu provar que aqueles pontos que brilham lá em cima, não são só estrelas, mas ainda tenho que descobrir o que são.
Que eu consiga entender cada sonho e realizá-los, como um que tive, em que eu ajudava uma joaninha a retocar as pintinhas pretas que descoravam com o sol. Tive outro também, nesse eu me atirava de uma montanha e abria meu guarda-chuva colorido, caindo em um rio de chocolate com castanhas...
Não adianta de nada eu seguir essa rotina manipuladora. Esperar o que é de praxe acontecer, ficar parada e deixar tudo da mesma forma, seguindo as mesmas regras, decrescendo...
Estou cansada de agradar esse mundo em que estou inserida mas que não é o meu. Cansei desse ciclo monótono e fútil. Quero criar meu mundo, minhas vontades, verdades e segredos. Não é egoísmo, pelo contrário, quero muitos mundos, um de cada. E assim, bem ou mal, nesses seria mais fácil sobreviver.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sobre o que aquece

Eles estavam muito concentrados naquelas brincadeiras, que nem viram o tempo passar. E era um tipo de sonho acordado, onde não existia mais ninguém no mundo além daquelas crianças, bobas, sem noção e juntas. Sempre  juntas. Insistiam em construir aquele castelo de cartas no vento. E riam, sem parar... pelo prazer de consertar o castelinho toda vez que o vento derrubava. E faziam barreira, e o defendiam, e se defendiam. E quando acabavam as brincadeiras, haviam os desejos... ah, muitos desejos a serem compartilhados, comparados, realizados... E isso levava horas, até cada história  ser completada, cada pedaço de vida futura se encontrar, e assim o sonho ser real. Ser tudo de verdade. Aos poucos começava uma ventania um pouco mais forte que o comum. E havia medo também... Esse que aparece sempre de repente, pra acabar com toda a brincadeira... Mas eles estavam juntos ainda! E nada acabou... E cada vez mais a necessidade de estar perto era maior, a vontade de abraçar coletivamente era muito mais forte, a todo instante. Era um sentimento esquisito, como se o medo fosse bom naquele momento, por que ele fez a fragilidade encontrar apoio... e se tornar forte.
É  intenso, mágico e sem explicação coerente. É a verdade do que se sonha acontecer. Uma mistura agridoce que por mais estranha que pareça, é agradável e anseia 'bis'.
 É a sintonia.  A afinidade.  A intimidade. A confiança. O respeito. A tolerância. 
É o encontro. As palavras. O gingado.Os sorrisos. A paz de espírito.


É estar feliz e ter a plena noção disso. Ainda que submersos em um mundo por nós criado, e que nem é tão lúcido assim. Mas ele existe e é nosso. Só nosso!  


Aos meus. 

sábado, 10 de julho de 2010

Ex nada.


Ela ia pular, quando um vento forte a arremessou violentamente para trás... Caiu paralisada, tentou levantar, mas em vão. E ali chorou. Chorou muito, tudo o que podia e o que não queria. E as lágrimas sob sua face eram como raios, brilhavam e queimavam sua pele por dentro. Mas ainda assim não conseguiam arrancar aquele pedaço imenso de nada que estava preso nela. Era tão grande e inútil, que sufocava e minimizava a janelinha do sonho toda vez que ele ameaçava ficar feliz...
Ela fantasiava, se envolvia, acreditava... E a janela se fechava como num simples alt f4.
E a cabeça perguntava ao coração se aquele espaço incomodava, e ele afirmava se movimentado pra cima e pra baixo, fazendo um ‘sim’ notório...
Foi aí que ela se levantou de novo, voltou uns dois passos, se posicionou, correu e pulou! Com o impacto, as asas saíram com facilidade. Aí então, não sentiu mais o nada. 

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O mesmo assunto em questão. 2010.2

E pra quem não leu: O mesmo assunto em questão =D




Me presenteia todos os dias. Com tão doces palavras, com doces, os que só ela sabe fazer. Lê minhas doidices e me alegra muito com seus comentários bajuladores e sinceros de tia presente, amiga, protetora!! Eu te amo, minha tia!
Ele adora passeios ecológicos. Me faz sorrir o tempo todo enquanto estamos juntos. Me tira do sério também, aliás, ele é insuportável. Sua extravagância e atitude o faz unicamente divertido. Apesar de ser metros maior que eu, ele é o meu melhor parceiro de forró.
Saiu pra se descobrir, não tem medo do perigo. Na verdade ela não tem é juízo... se aventurar em moto-táxi's é o que ela melhor saber fazer. Eu sei de sua queda por Biro-Biro, sua danadinha. ;].
Quer ser médica e estuda horrores pra conseguir. É sempre bem comportada e seu humor está sempre bom. Companheira em todos os momentos. Sabe conversar, dar conselho e ouvir. Apesar de estar longe dos amigos e família, sua auto-estima está sempre alta, literalmente... Salto alto é o que há! =D
Apareceu assim na minha vida... Troca de músicas, histórias, brincadeiras... As madrugadas mais divertidas, compartilhando sonhos e verdades. Tem um lindo e instigante sorriso! O encontro foge, mas a gente encontra ele. [rs] Obrigada por essa amizade, e obrigada também por me ajudar a acabar com esse preconceito musical metidinho. ^^
Tímida, sempre com um sorriso contido... Mas é tão linda, tão meiga que isso é perceptível no seu respirar! É  doce, fofa e até dançar can-can ela sabe. [A sua mãe que não sonhe... Segredos da laje. kkk].
Me pediu de presente um alargador de orelha e um diminuidor de cabeça. [aushuas]. É sensato, culto, super sério. Não faz piada, não ri e não dorme. Até por que essa gigante cabeça o impede. É makenzista e não faz questão de minha amizade! =D
Apesar de conhecê-lo há muito tempo e conhecer seu lado cômico e divertido, não sabia que gostava de músicas clássicas, coisas serenas e depressivas [rs], além de preferir a solidão por muitas vezes. É super delicado com as palavras, super dedicado em suas tarefas. Ya te gusto mucho, amigo!
Minha linda primona. Me doou uma confiança invejável. É linda, sensível e forte! Quando ama, o faz intensamente, e é claro, quer todo esse amor de volta. Obrigada pela confiança, obrigada por ser minha amiga de verdade. Pode contar sempre comigo!
Indomável. Minha proteção, abrigo seguro, fortaleza. Não tenho palavras pra dizer como eu sou melhor com você do meu lado. Obrigada por me defender, cuidar de mim, me incentivar e me patrocinar. ^^ Eu te amo.

domingo, 4 de julho de 2010

Um pouco de mim em retratos




 Peguei de Tassyane de Palavras de Fato o dela ficou lindo, eu não sei como o meu vai ficar, mas adorei isso. rs... Vamos lá:


Quem sou:



O que me faz sorrir:




O que me faz chorar:

O hobby:



Sonho:



Melhor lembrança:

Música é:

O livro:

Um filme:

Esporte: [hehe]

Pecado:

Três lembranças fofas da infãncia:




fofas e triste. rs



Pronto, é isso.  =D



sexta-feira, 2 de julho de 2010

Cheia dele...

...envolvida, submersa constantemente. E cada vez me afogo mais, dói, mas para. E joga raios dentro de mim. Penetram todo meu corpo. Não sai, fica caminhando em minhas veias, dilacerando cada milímetro delas. E corre, relampeja, consome. Nunca acaba. Se for pra morrer, morrerei com ele, morrerei dele, não me importo. Se for de sofrer será fácil, fácil até demais, ele abre portas, dá continuidade, ampara, faz chorar, mas alivia. E quando penso em me acalmar, é mais uma luta vã, por que não é nada devagar, é sempre rápido, veloz, chega a ser ignorante. Tem que ser, tem que haver. Sempre muito, transbordante, inquieto... É a partir dele que tudo é criado, é sobre ele que os sonhos são feitos. Sobre, em cima, alto, longe. Dentro. Bem mais perto que isso. Um tremor inexplicável na alma nunca vazia, ele não se deixa diminuir... Se  renova sozinho, mas é preciso um empurrãozinho pra apimentar. É claro e tão doce que instiga palavrões e palavronas, juntinhos num romance. Não especifica, não dá dicas, e ainda assim é tão fácil percorrê-lo, eu disse percorrer e não descobrir ou entender... Ah, isso não, não dá pra entender, definitivamente!! O que torna um desafio ainda mais interessante. Pode ser perigoso também, quando desmedidamente ele se apossar da alma e do coração. A partir daí eu não sou de mim, sou dele e inteiramente... E sabe... não sei onde está o perigo disso, sendo que é por causa dele que choro de saudade; que me alegro em estar perto; que me envaideço em tê-lo... então, torna-se um equilíbrio: Eu o possuo e ele já me tem! Ah, o amor!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A bela moça do vestido longo

Ela acordava pensando no que acabara de sonhar, em todas as suas conquistas  e ainda em tudo o que precisava sonhar a partir dali...
É linda por natureza, e sua imagem é perpetuada pelos exemplos de vida, por sua simpatia e encanto. Pelo seu jeito mulher/protetora de ser. Nas suas decisões irrevogáveis. Sabe viver.
Sabe desfrutar de tudo o que há de bom. Sabe dar valor às pequenas coisas. Enxerga o bom onde nem tudo é bom.
Aumenta ainda mais essa beleza, quando deixa os cabelos se espalharem  e abrilhantarem ainda mais aquele sorriso cor de primavera-doce, inimitável...
Ela compartilha das mais sinceras e interiores gargalhadas. Desperta sabor ao insípido, cor ao preto-e-branco.
Por mais que tudo mude  de direção, as vozes soem um 'não' claro, ela se ergue, canta melodiosamente, com aquela voz calma, pacífica... Acalma-se, sorri mais uma vez...
Não sabe de tudo, mas resolve seus problemas, sozinha. Segura o choro para dar força a quem está do seu lado, inseguro...
Idealiza um futuro perfeito, como todos fazem... E com coragem o constrói todos os dias.
Sabe encantar, arrumar seu dia, arrumar a vida e seu guarda-roupas. Encontra tempo para ajudar, para sonhar em conjunto, para dar "#abraçocoletivuuu"...






Encontrei esse texto que fiz há muito tempo, é dedicado. E essa moça, sabe quem é e o que é em  minha vida. 


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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Gentileza

"O mundo é uma escola, a vida é um circo, amor palavra que liberta, já dizia o profeta..."

 Era só sorrir. Naquele instante nada seria mais valioso ou eficaz. Bastava mostrar um pouco os dentes e fazer uns barulhos esquisitos, diferentes e únicos. Sorriso, risada, não só, muito. E abraçar também, e dizer palavras bonitas, tudo isso cabia no momento ainda. E era um encaixe perfeitamente desenhado. O que dava para acalentar muito barulho ensurdecedor e inútil, e dava para ser sentido e era tão bom.
Uma palavra, pode ter sido pronunciada num tom baixo, quase inaudível, mas pela doçura, ecoou. E mudou muitos conceitos pobres. Muita ideia pequena.
E vê-los cantando aquela canção antiga, sem errar a letra, e sorrindo, e acompanhando corretamente a melodia, esquentava tanto por dentro. Trazia uma paz, desmedida, constante...
E sentir o beijinho melado de chocolate, o abraço conquistado por esse mesmo doce, e as palavras quase aprendidas...
Arrancava qualquer desejo insosso, ver todos caminhando na mesma direção, sem parar e sem reclamar, com um mesmo objetivo e crença. A mudança, para o melhor e novo.
E toda a família celebrando a tradição, e comemorando aquela união sadia, bonita de verdade, era tudo sempre muito emocionante.
Era tão simples, parecia difícil de entender, mas bastava prestar atenção, olhar de perto e ver onde estava toda aquela beleza, todo o sentido do que se queria mostrar... 
Basta ser também assim, para compreender. Basta proporcionar aos outros momentos intensos, felizes, puros. Encantar apenas com a presença, com a harmonia que desperta no olhar sereno. Basta amar sem medida, se doar para a alegria do outro ser completa. E ser feliz, então.



sábado, 19 de junho de 2010

Sentidos bem sentidos.



Sentir um toque, um carinho no rosto, as mãos sobre o travesseiro macio... O beijo da criança; o beijo de amor, do amor; a mão sobre os cabelos, o amor... Sentir a areia nos pés, sentir a brisa, leve, tardia...
O cheiro do perfume da amiga, cheirinho de terra molhada, dos objetos que deixamos em casa... Mas não esquecemos... Cheiro do amor [sempre]. Um perfume que não seja tão doce...
A voz da cantora famosa, Ella Fitzgerald, Lady Gaga, Marisa... [Marisa *-*]. Um assobio da última música ouvida, que fica gravada e não quer sair da memória. Como a ‘melodia-calmante’ do piano. Som da chuva caindo sobre o telhado... É relaxante. E pra reanimar o coração, som da mensagem chegando... [aquece].
Um gosto tão doce, rapadura, chocolate. Gosto forte, gengibre, hortelã... Café e pão de queijo; Vinho, fim de tarde. O que acrescente a doçura do dia. O que seja prazeroso, e faça esquecer-se do mundo.
Ver as pinturas de Portinari, da Vinci, Chagall... O mar, que inspira, acalma, traz alegria, leva a solidão... Se arrepiar quando o carro pára ali, bem onde você quer descer, bem no lugar de onde veio e está voltando. Ver o céu, cor de rosa, ao pôr do sol. O sol nascendo e despontando cada raio num espetáculo único.'Algo que me guste ver el cielo despejado cuando se ve todo azul y poca nube...'


Onde se encontra toda a riqueza. Onde está TODO o prazer de viver. Nas coisas simples. Na doçura das pequenas-grandes coisas. Nos mais belos e sinceros corações.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Acordar

Sonhei que não era um sonho, e isso se desfazia sem precisar de muito esforço. E saía de mim sem que eu precisasse me desapegar de certas coisas. E não me destruía, mas me fortificava.
Que não era necessário gritar, pedir socorro. Que eu conseguiria esvair-me de mim, de meus pensamentos angustiantes e tolos. Foi sonho. Mas ao despertar parecia que não era. E fiquei confusa. E quis torná-lo, então, realidade. Precisava provar pra mim que certos sonhos são avisos. E eu precisava [muito] acreditar nesse. 

domingo, 13 de junho de 2010

Reencontro

"Depois da seca vem a chuva. A terra fica verde de novo. Depois da separação vem o encontro, a gente fica feliz de novo. Foi Deus quem fez a vida assim!"                                                                                                                 -Vinícius de Moraes




Vai, mas volta pra gente combinar as cores da roupa do próximo inverno. 
Volta pra  juntos arrumar os nossos quartos, e deixá-los 'dormíveis'.
Para sorrir de tudo o que ainda não sorrimos.
Para inventar novas maneiras de se encontrar, dentro de nós.
Volta, pra me dizer que você existe mesmo, que me abraça e eu sinto.
Pra me encantar, com palavras, as mais esquecidas, as maiores.
Pra me incentivar a não chorar quando também eu for, e quiser voltar.
Volta,  para dormir acordados enquanto assistimos à antigos filmes.
Se esquecer da hora de voltar pra casa. Ficar em casa e nunca mais sair.
Volta pra mim. Vamos antecipar essa volta, vamos eternizá-la. 
E devolver aqui pra dentro tudo o que sempre foi daqui.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Solução

A verdade era que ela precisava acordar-se para dentro. Precisava sonhar mais.
E era o momento.
Começou a alternar: Momentos felizes - extremamente felizes e compartilhados! Momentos tristes - extremamente fugazes e compartilhados. Não se sabe de onde veio essa solução, mas veio! Era como a cor e a 'não-cor'; o sono e o despertar! Um equilíbrio que encheu o seu coração de coragem. Havia sonho, emoção, riqueza... Ela queria aproximar-se ao máximo do começo, pra que tudo de bom que fosse viver, se distanciasse do fim!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

18 anos? Quem disse?

Estava olhando aqui, acho que as pessoas estão escondendo de mim... Eu não tenho dezoito anos não, galera!
Ir embora daqui, fazer faculdade... Morar sozinha? Não, não... Acho que estão todos enganados. Eu estava ali fora agora, brincando de boneca. E ainda ontem, caí de bicicleta e machuquei  o joelho, mas estou bem melhor agora!
Ah... Eu nem sei tirar dinheiro no banco. Eu ainda não aprendi a fazer comida... mainha me deixa arriscar de vez em quando, até que faço um bom arroz... quando não erro a medida do sal.
Meus amigos são dois metros e meio maiores do que eu... E só eu que posso comprar à prazo, só eu que não posso brigar na rua, (droga! rs).
Nesses dias, minha tia me pediu pra ir à cidade vizinha, eu disse: "Sozinha? Vou não!"... Ela ficou me olhando com uma cara... o que será que ela achou??
O que eu faço agora? Isso é preocupante! As pessoas estão achando que eu posso fazer esse tipo de coisa! Tem que aparecer alguém pra desmentir!! SOCORRO!
Esse negócio de dezoito anos é pra gente grande! Eu ainda sou muito nova pra isso! =D

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Quem é que decide? O destino.

Abelardo queria ser ator, bailarino ou artesão... Mas tia Edilamar e tio Jeremias queriam um médico na família. E ele estudava no melhor colégio e se concentrava nas aulas de arte e dava seu melhor... Em biologia, era bom, mas não cem por cento como exigiam seus pais.
E ele escrevia peças teatrais que eram escolhidas por unanimidade, e representava, e ajudava no cenário... Mas disso, seus pais não sabiam. E quando souberam, deram um jeito de tirá-lo do grupo de teatro, e afasta-lo de tudo que envolvia ARTE. E disseram: - "Meu filho, não perca tempo com bobagens". Com sorrisos irônicos.
... E Abelardo enfrentou! Contra a vontade de todos, fez curso de dança, teatro, esculturas.... Se aperfeiçoou em balet clássico. Hoje dá aulas, ganha seu dinheiro, é feliz! Se casou com a bela e jovem atriz, Clarisse e os dois têm uma filha: Leila. Já está no fim do colegial e vai prestar vestibular para medicina, por que ama biologia e é cem por cento nessa matéria!
Tia Edilamar vibra e canta de alegria, com tio Jeremias que não perdeu a fé... E descobriram que o que tiver que ser, será! =D

Selo


Ganhei de Doth do Diário de uma Crisálida, essa linda!!

Repasso para:  Doce Histeria   de Clara
                                     Folha de Pimenta  de Lara


São muitos (muitos mesmo!) os blogs fofos de minha vida, hehe, mas esses são extremamente inspiradores.

domingo, 30 de maio de 2010

Mudar

Muda-se quando é necessário, quando tudo indica que nada do que se faz é certo, ou, no mínimo, convincente...
Quando nada agrada, nem a sí mesmo, nem as pessoas que tanto interferem na vida da gente. De bom modo, de maneira abusiva...
Quando a própria voz é inaudível aos próprios ouvidos. Quando se está decrescendo ao longo dos dias, e a vontade de crescer aumenta. A necessidade de conquistar, de desbravar, explorar, aflora, não pára de impulsionar. Não deixa espaço para, sequer, respirar, de tanto 'martelar' na mesma ideia. A vontade é deixar tudo o que se tem de lado. Sair gritando (isso de nada iria resolver, mas quem sabe aliviaria), tentando revolucionar à sua maneira, acabar com as coisas ruins do mundo, fazê-lo melhor, mais cheio de festas que de guerra. Movido a sonhos relizados, pensamentos positivos concretizados, fé, paz...
Mudar requer coragem. Então, AVANTE. Menina dos olhos escuros, não faça escura a sua visão também. Começando por tirar do vocabulário certas palavras que deixam a vida menor. Que podem nem pertencer à sua rotina, mas que de tanto usar, se torna um encosto...
Mude. Mudar. Dança. Extrapole. Seja você no sentido íntimo da palavra. Se o que está te fazendo mal é essa falta de autenticidade. Chorar, talvez ajude também. Mas chorar de verdade. Quando esvair-se dos sombrios pensamentos for tortuoso de outra maneira. Chorar com a alma e não ter vergonha disso, acabar com a falsidade . É mudança, então. Deve ser constante, porém, vagarosa... um devagar ritmado, sem muita demora, sem muita pressa.
Quando pequenas coisas atrapalham a convivência. Dá vontade de  se descabelar... Mas isso também, de nada adiantaria. Tanta coisa mais relevante que isso, tanta coisa já vivida que denota que esses detalhes não têm valor. Fico triste, mas a certeza que vive em mim, é que o que aqui dentro foi cultivado e cresceu, jamais secará. Resta desenvolver uma capacidade mais convincente de  mostrar isso. Mas isso também é com o tempo.
Acreditar que ainda há tempo de querer algo novo, e de novo, e de novo. E não mentir para impressionar. Mas FAZER, LUTAR, CONQUISTAR para dar exemplo, para fortificar tudo o que se tenta criar nessa vida que não tarda a passar.


Adiante. Adianta. E não demora. Quero chuva. Aqui dentro, lá fora. Quero o sol. Quero folhas e terra molhada. Mais uma vez quero abraços e muitos sorrisos. Gargalhadas, risinhos contidos, cócegas e cair no chão. Tenho saudade. Tenho pressa e sonhos. Não compreendo a falta de vontade de viver. Não entendo a necessidade de não aproveitar. Não suporto ideias boas não abrangentes. Quero englobar a bondade e os momentos bons. Que tudo seja novo. Que as flores não avisem quando forem desabrochar e que simplesmente apareçam, trazendo mais sorrisos pra mim.






Sei como é maçante ler essas coisas repetidas vezes... Mas é o que está acontecendo... Um dia isso MUDA. Espero que sim =D

domingo, 23 de maio de 2010

Só isso

Um sorriso e um abraço.
Cabe muito mais em mim, mas agora é só disso que eu preciso.
São desses silêncios que tiro de mim essa agonia.
Desses suspiros que o coração acelera... é bom estar assim.
Disse um? Não, eu preciso de vários... Sorrisos, abraços...
Constantes, fortes, intensos, sinceros.
Hoje sinto um pulsar mais feliz. Um brilho mais claro que senti.
É o brilho do círculo que envolve a lua. E me faz lembrar daquelas noites assim.
E me faz querer viver e esperar, até o dia em que a lua estiver convidando outra vez.
                                                                                            



Ela estava desse jeito pra gente hoje.                                                                                                               

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ela virou anjo

Ela só acreditou que não estava sonhando, quando seus pés começaram a sair do chão... Viu que era real demais. Prendeu a respiração, mas não sentiu falta do ar... Esquecia-se de tudo, estava centrada naquele momento. A mágica ia embalando aquele 'elevar'. Dali dava pra ver tudo o que nunca antes tinha visto...
Ia cada vez mais alto, agora já podia alcançar as nuvens. Se beliscou, com um receio de se espatifar no chão, mas não, ela não caiu, apenas continuou a subir, e sentiu uma coisa estranha nascendo em suas costas, antes, sentiu uma dor inexplicável, mas foi aliviando, e começou a fazer manobras no ar. Cambalhotas e giros surpreendentes. Eram asas, e não parava de subir. Começou a sentir medo, se perguntando por que só ela estava ali, de repente aquilo acontecia com todas as garotinhas de dez anos, mas só havia ela.
Então, avistou algumas pessoas, com asas semelhantes. Mas não eram só meninas de dez anos, havia crianças menores, jovens, adultos, idosos... e todos sorrindo. Se sentiu melhor, mas ainda estava assustada. Não entendia nada. Foi quando sentiu falta das pessoas que conhecia, e as viu, tentou se aproximar, mas ninguém notava sua presença... Abatida, entrou em desespero, chorava sem parar...
Só que algumas horas se passaram, e ela já estava entendendo...
Tinha virado anjo. E passaria a cuidar dessas pessoas que tinha deixado...
Ainda dá pra ver no céu milhões de estrelas simulando aquele sorriso inocente. E quando chove, dá pra lembrar de seu temperamento forte, com os trovões que clareiam. No desabrochar das flores, são visíveis seus gestos de carinho, sua meiguice de criança...
Passaram-se anos. Você continua viva em cada coração que deixou aqui.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

MANIFESTO

A partir de hoje... Acordar com ar de princesa após ter dormido cem longos anos e permancer intacta.
Que seja diferente, mais intenso, melhor vivido, mais prudente, sem deixar o bom da vida. Sem deixar as pequenas coisas. Alegrar mais com o canto de pássaros, perfume das flores, nascer e pôr-do-sol. Sorrir mais. Aproximar-me de pessoas boas, fazer mais amigos, conservar com força os antigos. Cuidar da família, mesmo que de longe, mesmo que por oração.
Ser mais firme em decisões; apreciar a beleza - a beleza. Cuidar de mim, por necessidade, talvez...
Cantar mais, desafinado e sem tom, mesmo assim; ajudar sempre e muito mais...
Dizer mais palavras bonitas; escrever mais cartas; telefonar mais...
Tentar dar mais orgulho; agradecer; obedecer mais e mais...
Tirar o 'tapa-olhos' que me impede de ser 'legal', sorrir mais pras pessoas que passam na rua, sem esperar nada em troca além de um sorriso de volta.
Atentar-me aos perigos, enfrentar sofrimentos, APRENDER.
AMAR.AMAR.AMAR. Sem medidas, definições, comparações ou sanidade. ^^
Agora e sempre somos ELE e eu. E eu não quero perder um instante sequer dessa convivência.

É o meu desejo antes de assoprar a velinha. =D