sábado, 3 de outubro de 2009

ausência

As palavras que foram evitadas.
Silêncio indesejado pela alma. Porém vívido no coração.
Gestos que deveriam ser explícitos.
Coração que deveria ser aberto. Carregado de altivez.
Mas que se encolhe, dorme. E depois chora.
Por ter se calado, por não entender. Por não questionar.
Coração que desperta todos os dias, pensando em uma maneira de dizer.
Pensando como seria se nada tivese acontecido.
Se a coragem e as palavras tivessem fugido.
Se o vento estivesse mais brando.
Se a voz, de fato, não faltasse.
Se nada fosse combinado. Se as pessoas desistissem.
Se nada fosse explicado.
Se nada fosse revelado. 
Poderia ter sido um sonho. Não seria concreto, sei. 
Mas não me traria lembranças. Muito menos esperança.

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