sábado, 3 de outubro de 2009

- acordei sonhando





Acho que aprendi a ter certeza
Os meus passos não doem mais
As cores não se desgastam com o vento
As batidas já não me apavoram



Estupidez pensar nas coisas frias
Sentir arrepio por causa dos ruídos
Eu já disse que as flores não murcharam
Eu já peguei a tinta e o pincel



São os dias mais bonitos e diversos
Encontrados detrás da minha porta
Na beirada da calçada
Na usina, no hotel



É difícil acreditar que há tristeza
Quando o meu mundinho verde está assim
Quando escuto ‘Eu te amo’ de manhã
Quando vejo as sandálias na varanda



Quando o pequeno sorriso me acorda
Com sonzinhos doces e tão inocentes
As pequenas mãos puxando meus cabelos
Uma criança, um olhar pra mim.



É difícil se esconder de quem é Grande
E nem precisa ser tão rude assim
Quem cuida, tem mesmo que ser Grande
Pra mostrar a diferença e ensinar



É por isso que eu canto
Mesmo quando nem quero
Minha voz nem é tão boa
Mas a porta está aberta



Vou correr pra avisar
Que pequenas coisas me divertem
Que pequenos surtos me contagiam
E eu ainda quero gritar

Não me socorra

Quero pular daqui do alto
E voar nesses segundos infinitos
Eu volto pra contar como foi.



5 comentários:

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